O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam,
o tempo é eterno.
BRASÍLIA - A Executiva e a bancada do PSC na Câmara decidiram nesta terça-feira, 26, pela manutenção do pastor e deputado Marco Feliciano (SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos. Ele tem sido alvo de protestos por declarações consideradas racistas e homofóbicas.
"Informamos aos senhores e senhoras que o PSC não abre mão da indicação feita pelo partido", afirmou o pastor Everaldo Pereira, vice-presidente do PSC. "Feliciano é um deputado ficha limpa, tendo então todas as prerrogativas de estar na Comissão de Direitos Humanos e Minorias", completou.
Ele leu uma nota de três páginas nas quais o partido relata o seu histórico de alianças com o PT, desde 1989 até a eleição da presidente Dilma Rousseff. "Mesmo diante das declarações de que ela não sabia se acreditava em Deus e que não era contra o aborto, o PSC apoiou a presidente Dilma, sem discriminá-la por pensar diferente de nós", disse. Ele ressaltou ainda que o partido fez protestos pacíficos contra a ministra Eleonora Menecucci, da secretária das Mulheres. "Respeitamos a todos e gostaríamos que também nos respeitasse".
O partido afirmou que os protestos contra Feliciano são naturais, mas devem ser "respeitosos". Destacou o fato de o deputado pastor ter sido eleito por seus pares. "Democracia é voto. Democracia não é grito, nem ditadura", disse Everaldo. O PSC disse ainda que não fará ameaças, mas que pode convocar também militantes.
Feliciano entrou e saiu da reunião sem dar entrevistas. Na chegada, questionado se era o "dia do fico" respondeu apenas: "é só olhar para o meu rosto". Na saída, mesmo com o respaldo do partido, saiu escoltado por seguranças e por pastores que se manifestaram de forma favorável a ele. Uma faixa trazida pelos pastores dizia: "E se Jesus renunciasse? O que seria do mundo?"
A decisão do PSC pode criar um problema para o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Na semana passada ele definiu como "insustentável" a situação de Feliciano e prometeu uma solução até hoje.
Após sessão turbulenta, Feliciano diz que
continua na presidência de Comissão
Feliciano ainda não pretende renunciar
Após o apelo do presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para que o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) deixasse a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa, o parlamentar afirmou que continuará no cargo.
Indagado pelo portal G1 sobre a possibilidade de renunciar, Feliciano não quis comentar. O deputado é alvo de protestos desde sua indicação para assumir a comissão. Ele é acusado de fazer comentários racistas e homofóbicos. Na quarta-feira, dia 20, o parlamentar enfrentou mais uma sessão turbulenta da comissão.
Henrique Alves pediu o afastamento de Feliciano ao líder do PSC na Câmara, André Moura, e ao vice-presidente da legenda, Everaldo Pereira. O partido informou que ele continua na presidência, mas Moura voltou a conversar com o colega por considerar a situação “muito preocupante.”
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